quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Mês de Junho


Ah, mês de Junho… Mês em que se celebra o Dia da Criança.
Aproveito para agradecer todas as felicitações que me fizeram nesse dia, embora lamente informar aqueles que o fizeram de que já não pertenço a esse grupo de … mamíferos. Sei que custa a acreditar (nem a minha mãe se convenceu disso) mas, de facto, já não sou uma criança.

As crianças são o melhor do mundo (não importo de mentir, é um mal menor) e, por incrível que pareça elas irão governar o mundo.
Algumas, é claro… outras irão escrever artigos ou comer saladas.
Tudo isto irá acontecer, tem acontecido.
A minha grande preocupação prende-se com o facto de algumas já começarem a governar enquanto são crianças!

Começam por governar a quantidade de açúcar que ingerem, seguidamente administram o telecomando, depois a agenda “cultural” e os serões num qualquer fim-de-semana, acabando por monopolizar a atenção em massa nas caixas dos hipermercados até, por fim, fazerem gestão do orçamento familiar mantendo os pais em cativeiro.

Estará a educação perdida? Não exageremos.

Lord Rochester diria: “Antigamente tinha seis teorias para educar crianças, hoje tenho seis crianças e nenhuma teoria.”

Provavelmente ainda vemos como fraqueza o acto de admitir a colegas ou amigos que não conseguimos responder a determinada atitude de uma criança.

Haverá algum problema em assumir isto?
Eu, por toda a vida ter sido medíocre, convivo bem com o falhanço e lá vou caminhando de erro em erro.

Os pais porque não querem passar por inseguros não dão o braço a torcer.
Os professores porque não querem passar por permissivos não dão o braço a torcer.
Os avós porque têm artroses também não dão o braço a torcer.
A mim cheira-me a esturro, torço o nariz!

Seja como for, para que não se invertam os papéis, convém manter presente que “Criança” deriva de cria.

Quanto a mim prometo que para o ano deixo crescer o bigode (caso tenha pilosidades suficientes para cometer tal ousadia) de forma a facilitar a distinção.

Joel Dimitri

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