domingo, 25 de abril de 2010

Harlem Children's Zone - Promise Academy

Do programa 60 Minutos da cadeia televisiva CBS.
Quando os miúdos das zonas desfavorecidas de Harlem entram na pré-escola o director Geoffrey Canada promete aos pais que as suas crianças irão entrar para a faculdade.

Se se sentir à vontade com o Inglês vai certamente ficar impressionado(a).



Joel Dimitri

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Piano Visual

Para o piano na coluna direita podem fazer-se inúmeras actividades, com o inegável aproveitamento de contribuir para a percepção de escala, acidentes musicais, tons e meios tons, acordes e tudo o que vem por acréscimo.

Por exemplo juntamos duas dessas imagens em formato A1 com a seguinte abordagem:



























Joel Dimitri

sábado, 10 de abril de 2010

O Engano


Diz o povo que “Aprendemos com os Erros” mas, como deve ser encarado o engano?
Quais os efeitos que o erro produz numa criança/jovem?
Qual o seu valor educativo?
Não é que me orgulhe, mas a minha infância bafejou-me com uma grande experiência no assunto.

Maria Montessori (1870-1952) disse que o nosso amor/cuidado com a criança surge muitas vezes na “diligência com que nos substituímos a ela, apanhando o brinquedo que ela desejaria agarrar por si própria, ajudando-a a subir às cadeiras ou às camas, recortando os papéis que ela quereria recortar ou amparando-a nos movimentos para que não caia”.

Montessori crê que talvez seja essa uma das razões pela qual o humano seja o único animal que aos sete anos ainda não está preparado para a independência.

É pois no erro, na queda, no ferimento e na sujidade que, defendem vários pedagogos, a criança cresce.

Não devemos evitar que a criança erre mas hoje em dia, teremos talvez, que fazer mais do que controlar-nos na ajuda à criança.

Provavelmente teremos que ir além disso e criar situações de erro, teremos de ser nós, adultos, a manifestar dúvidas ou incertezas (algo que, pessoas como eu, desempenham com relativa facilidade e com extraordinário realismo).

Porém antes de adoptar radicalmente um novo tipo de comportamento poderá reflectir sobre as palavras de Sigmund Freud registou:
“Eduque-o como quiser; de qualquer maneira há-de educá-lo mal”

Se a má educação é garantida então porque não arriscar?
Porque não tentar deixar a criança encontrar soluções por ela própria?

Decidi partilhar algumas hipotéticas situações.

Se uma criança pede ajuda para atar o calçado, provavelmente ajudaremos, porventura seria melhor dizer-lhe: “O sapato é teu tens de ser tu a aprender. Os meus sapatos eu já aprendi a atar na semana passada.”
O mesmo poderá ser feito com o fechar da mochila porém, deveremos evitar que seja a criança a estacionar o autocarro ou a preencher online a declaração anual de rendimentos.

Se uma criança pergunta qual a capital da França poderemos dizer que temos um globo no escritório ou um mapa na secretária, se ela quiser saber podemos dar umas pistas sobre onde fica.

Ir para além disto significará não só, deixar que a criança cumpra com aquilo que é da sua responsabilidade, mas também levá-la a colaborar com tarefas que estão destinadas aos adultos.
Por vezes bastará manifestar dúvidas para obter a colaboração infantil.

“Já não sei o nome daquela canção...”; “Como se escreve aquela palavra?”; “Cada vez vejo pior, o que está aqui escrito?”; “Ajudas-me a levantar para te dar uma palmada no rabo?”.

No entanto convém guardar algumas incertezas para si.
Em que dia é que a tua mãe faz anos?” ou “Onde está o cinto com que o teu avô me educou?” são apenas dois exemplos cujo contributo educativo se pode classificar de dispensável.

Será, quem sabe, da convivência com o engano que a criança se preparará para ultrapassar os obstáculos que futuro lhe trará.

Bem melhor de que eu para falar de enganos teria sido bom convidar os meus pais a pronunciarem-se sobre o assunto. Em matéria de engano são peritos, uma vez que sustentaram um até tarde.
Joel Dimitri